Qual é o seu projeto de vida? Você tem um plano B?

Março de 2014
Arquitetos se debruçam sobre seus projetos, e você? 
O que faz pela sua qualidade de vida?


Vamos falar de quatro aspectos que, na vida da maioria das pessoas, estão intimamente relacionados: Moradia, trabalho, lazer e finanças. Estes quatro pontos interferem profundamente em nossas vidas e geralmente buscamos o equilíbrio deles na hora de fazer nossas escolhas, e o resultado desejado nessa equação é a qualidade de vida.
Morar em casa ou apartamento? Comprar ou alugar um imóvel? Financiar o sonho da casa própria ou aplicar o dinheiro e alugar um imóvel? Morar perto do trabalho ou em um condomínio cercado pela natureza? Trabalhar menos para ter mais qualidade de vida ou trabalhar mais para aposentar mais cedo? Viver o presente sem antecipar possíveis problemas ou ser preventivo e estar preparado para a possibilidade de crises?
São inúmeras perguntas que surgem e não há uma resposta certa. Cada indivíduo ou família deve estudar e bolar seu próprio projeto de vida. Quando falo em projeto, por ser arquiteto, logo já penso em desenho, e porque não desenhar um projeto de vida?
Talvez um projeto de vida não deva ser tão ilustrado como um projeto de arquitetura, mas podemos desenhar um projeto com textos, tabelas, diagramas, fluxogramas, gráficos e etc. Não é tão simples, pois a vida é mais dinâmica que paredes de alvenaria e lajes de concreto, mas é possível nos organizarmos para evitar surpresas desagradáveis.
Projetos reversíveis
Como já estou comparando projeto de arquitetura com projeto de vida, uma dica para buscar o nosso “lugar ao sol” talvez seja pensar em projetos reversíveis. Estranho? Já explico!
Na arquitetura, já é comum pensar que a vida das pessoas que utilizam o espaço edificado é dinâmica, e pode demandar modificações nesses espaços. Um casal que ainda não tem filhos, mas pretende ter, pode prever a transformação de um escritório em um quarto, ou um músico amador pode preparar um espaço da casa para futuramente adaptar um estúdio. Resumindo, através de tendências, que são previsíveis, um projeto pode ser preparado para atender demandas futuras ou demandas intercaladas.

Será que dá pra aplicar essa estratégia em um projeto de vida?

Comprar uma casa para morar que possa ser transformada também no seu home-office, transformar um hobby como fotografia ou culinária como uma atividade complementar a sua renda abrindo um pequeno estúdio ou um café. Ideias existem milhares, basta refletir um pouco e achar seu Plano B. E o trabalho dos arquitetos serve para complementar esse tipo de projeto, quando há uma ideia ou um sonho que precisa ser traduzido em espaço.