Logística e qualidade de vida

Novembro de 2013


Hoje se fala muito em logística, e este conceito pode se desdobrar em diversos setores com distintas especificidades, mas, de forma geral, para clarear seu entendimento, podemos dizer que logística são as estratégias para otimizar tempo, custos e trazer benefícios aos interessados.
Apesar de não usarmos este termo, nós, cidadãos comuns, utilizamos cotidianamente a logística quando planejamos ir ao supermercado para abastecer nossa casa, quando precisamos ir ao banco, quando vamos levar os filhos à escola e etc.
Estamos sempre planejando horários, tempo de deslocamento, pensando em custos, buscando aperfeiçoar e maximizar tempo. Aproveitamos para fazer compras no supermercado próximo à academia, que em função do horário tem vagas disponíveis e pouca fila nos caixas.
Aproveitamos para fazer compras no supermercado próximo à academia, que em função do horário tem vagas disponíveis e pouca fila nos caixas. Fazemos compras às quartas-feiras que é o dia de promoção. Deixamos o carro na garagem e vamos até o BH Resolve de ônibus, pois é difícil achar estacionamento no centro, ou eles são muito caros. Enfim, principalmente em uma grande cidade como Belo Horizonte, essa habilidade de se organizar já começa a ser inerente ao indivíduo. Mas será que não ficamos viciados em pensar o nosso dia-a-dia de maneira lógica e operacional? Será que não perdemos momentos singulares por isso?
No automático
Com essa automatização, damos menos oportunidades ao acaso, reduzindo as chances de preenchermos nossos dias com novidades e acontecimentos inesperados. Assim, nosso cotidiano fica mais monótono e previsível, e muitas vezes vinculamos o nosso estado de espírito ao lugar.
Por isso, nos finais de semana, feriados ou férias buscamos sair de nossa cidade para “descansar da rotina”, mas na verdade, quando viajamos, possivelmente estamos buscando o desligamento de nossa “vida operacional”. Será que não é possível praticar isso no nosso dia-a-dia?
Hoje, a velocidade que muitos de nós vivemos pode ser uma verdadeira vilã na nossa qualidade de vida, fazendo com que o tempo e o espaço se misturem em uma equação distorcida em que objetivamos executar mais atividades em um menor tempo, mas, acabamos aproveitando mal o tempo que temos disponível por estarmos frequentemente sentindo que o tempo está passando rápido ou que estamos atrasados. 
Ou seja, o tempo contado numericamente pode ser menos importante que a percepção que temos dele. Há pessoas que optam trabalhar menos e passar mais tempo com a família, outras optam em praticar um hobby frequentemente, algumas optam por deixar o carro na garagem e ir trabalhar a pé e de ônibus e vivenciar a cidade. E você? Quais são as suas atitudes para melhorar seu cotidiano? Quais são as opções que Belo Horizonte, o seu bairro ou seu trabalho te dá para que você pratique a qualidade de vida?